Pedagogia de Projetos e Projetos de Aprendizagem

Como indicação, deixo o artigo “A prática da aprendizagem por projetos em três óticas distintas” de Leandra Martins de Oliveira e Paulo Cezar Santos Ventura.

Também sou defensor e gosto de pesquisar sobre esta linha de pensamento que versa sobre “Pedagogia de projetos e/ou Projetos de Aprendizagem” e por isso achei muito rico o texto “A Pedagogia de Projetos de Aprendizagem” produzido por Eduardo Chaves e destaco algumas passagens:

“…educar é desenvolver as competências que tornam uma pessoa capaz de viver uma vida autônoma, produtiva e responsável.”

Concordo com Chaves e digo mais, isto deve ser feito com satisfação e prazer do aluno e professor.

É por isso que o maior desafio da escola é motivar os alunos – fazer com que se interessem em aprender aquilo que o professor está tentando ensinar e que, em geral, está muito distante de seus interesses.

Um das razões da falta de estímulo pode ser encontrada nete trecho:

Primeiro, na escola o aprender desvincula-se do brincar e se torna uma obrigação. Falando mais tecnicamente, na escola corta-se o vínculo anteriormente existente entre processos cognitivos e processos vitais – entre aprendizagem e vida, entre aprendizagem e experiência.

Como também gosto da teoria das inteligências Múltiplas de GARDNER, este trecho que fala da escola tradicional me chamou a atenção:

“…estipula-se que todos devam aprender as mesmas coisas, pelos mesmos métodos, nos mesmos ritmos e nos mesmos momentos – independentemente de seus interesses, de suas aptidões, de seu estilo cognitivo, de seu estado de espírito, etc.

Existem trechos muito interessantes que apontam os problemas do atual sistema de educação.

“… o modelo ou paradigma é ainda mais malévolo, pois a atenção da escola concentra-se nos eventuais “pontos fracos” das crianças, tendo em vista o objetivo (que a escola compartilha com a linha de montagem da fábrica) de que todas as crianças estejam “padronizadas” (e, portanto, sejam intercambiáveis) ao final do processo. Assim, se uma criança gosta de escrever e sabe escrever bem, mas não gosta de matemática ou desenho, nem é muito competente nessas áreas, a escola a obriga a concentrar a atenção nas coisas que ela não gosta de fazer e a deixar de lado os seus interesses.

Mas, por fim, o professor teria a função de inspirar o aluno (até mesmo pelo seu exemplo) e de ajudá-lo a vislumbrar novos horizontes. Vou transcrever aqui uma pequena passagem do grande escritor americano, John Steinbeck, que dá uma boa idéia do que quero dizer:

Seres humanos elaboram projetos de longo prazo porque eles são capazes de sonhar. Dizem que o ser humano, quando olha ao que está aí, e se pergunta “por quê?”, está pronto para filosofar. Mas quando o ser humano olha para o que não está aí, e se pergunta “por que não?”, ele está pronto para elaborar um projeto.

Este trecho me lembrou de uma frase de George Bernard Shaw que utilizo em sala de aula e diz mais ou menos assim:

“Existem pessoas que vêem as coisas como são e perguntam por quê? Eu sonho com coisas que ainda não existem e pergunto por que não?

Nesta mesma linha de pensamento (Pedagogia de Projetos), em agosto de 2009, pouco antes de ter meu projeto premiado pela Microsoft, escreví um artigo para uma disciplina de mestrado falando sobre “A Pedagogia de Projetos e a Construção do Conhecimento Científico” onde abordo, dentre vários outros autores, a teoria construtivista de Piaget, que também está presente no artigo “PROJETOS DE APRENDIZAGEM BASEADOS EM PROBLEMAS: Uma metodologia interacionista/construtivista para formação de comunidades em Ambientes Virtuais de Aprendizagem”, indicado pela professora Marisa Demarchi.

Possuo mais materiais em meu site sobre Pedagogia de Projetos pois estou cursando mestrado como aluno especial e pretendo defender algo dentro do tema Pedagogia de Projetos e CTS. Ainda estou organizando alguns textos e outro artigo que escreví e refazendo integralmente meu site. Provavelmente até o final deste mês espero publicar o novo layout e novos materiais em http://www.vazzi.com.br.

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Um comentário

  1. Cláudia Almeida disse:

    Olá Márcio,Gostei muito do seu texto e também acredito na Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner. Por isso creio que dar ao aluno diferentes oportunidades para que a aprendizagem ocorra, é o verdadeiro caminho.Abraço,Cláudia Almeida

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