A BNCC unida à LDB, PCN e PPP auxiliam o professor. Entendeu?

Por mais que você conheça todos os acrônimos apresentados no título e tenha absoluta certeza dos conceitos envolvidos em cada um deles ainda assim arrisco dizer que você precisou parar um pouquinho para “traduzir” as siglas e imediatamente começou a fazer “vínculos” com os conceitos para ver se realmente eles estão ou não relacionados.

Acertei?

Arrisco ainda mais ao afirmar que se você chegou até aqui é porque ficou curioso para saber mais sobre um dos assuntos citados no título e neste caso também posso afirmar que não é leigo quando o assunto é educação. Acertei mais uma vez?

Agora vem a pergunta: Segundo o Censo Escolar publicado em 19 de janeiro de 2021 o Brasil possui 47,3 milhões de estudantes matriculados mas será que todos estes alunos também sabem do que estamos falando? Vou mais além; generalizando que cada um dos 47,3 milhões de alunos tenham um papai e uma mamãe chegamos à aproximados 142 milhões de pessoas que segundo meus argumentos não fazem a menor ideia do que estamos falando. Você pode até pensar que isto não é relevante pois os conhecimentos aprofundados destas “pautas” só dizem respeito aos profissionais da educação. Outro equívoco. A partir do momento que eu coloco o aluno no centro do processo educativo, transformando-o de um mero espectador ao protagonista de sua própria educação, eles (alunos e suas famílias) devem sim ter plena consciência de todo potencial que a educação está proporcionando nos dias de hoje.

Peço perdão aos docentes pela descrição minimalista mas imagine que a 30 anos atrás os professores tinham cartilhas (conteúdos) fixos e a didática era “Giz, Lousa e Saliva” e de repente, 30 anos depois nós temos muita tecnologia (não só nas salas de aula, nas mãos dos alunos também) os currículos dinâmicos com itinerários formativos e não trabalhamos mais baseados em conteúdos e sim em competências e habilidades além das questões emocionais, sociais, cívicas e humanistas.

Esta evolução toda é simplesmente maravilhosa aos nossos olhos… Opa! Nossos olhos? Novamente estou me dirigindo apenas às pessoas que tem algum conhecimento e reconhece que tudo que está sendo feito em termos da legislação e regulamentação tem um propósito bem definido e pode sim funcionar muito bem em nosso país porém, chamo a atenção novamente aos 142 milhões de pessoas (67% da população do país) que não faz a mínima ideia do que estamos falando. Mas porque é tão importante que saibam disso? Supondo que se você chegou até aqui você é da “área da educação”, vou simplificar: A construção do PPP (Projeto Político Pedagógico) das escolas deve ter a participação de toda comunidade escolar para que a escola tenha personalidade própria da região aproximando o ensino das necessidades locais. Nos itinerários formativos, os alunos devem escolher qual área ou caminho desejam trilhar durante seus 3 anos do ensino médio. O PCN, como o próprio nome diz são “parâmetros” e nos dão flexibilidades que nunca tivemos e à LDB cabe o direcionamento nacional da educação, claro com toda flexibilidade que já mencionei.

Não obstante a este fato, e novamente não subestimando a classe docente (Também sou docente) temos a questão conceitual prevista na BNCC:

A BASE auxiliará o professor na escolha dos conteúdos que ele deverá ensinar já que até esse momento o professor é influenciado por diversas referências. A BNCC servirá como referência oficial para a escolha desses conteúdos.

Sendo assim, o professor não deve mais ser apenas um “passador de Slides” pois o foco não está mais nos conteúdos e sim nas Competências e Habilidades que devem ser trabalhadas em sala de aula, que diga-se de passagem já não é mais a mesma sala de aula de 30 anos atrás. Neste ponto, já que sou atrevido mesmo, acredito que nem todos os docentes se apropriaram destes conceitos corretamente ou mesmo não estão aplicando no dia a dia esta “nova maneira dinâmica de ensinar”. Digo isto não para criticar os docentes mas para alertar que é necessário investir muito em capacitações (não só dinheiro mas tempo também) para que o docente tenha acesso a toda esta “liberdade educativa” e também é necessário que a população em geral saiba do que estamos falando e possa orientar seus filhos quanto a escolha do currículo que irão trilhar.

Sendo assim, acredito que as Leis e regulamentações estão evoluindo para um futuro promissor, porém é necessário que haja mais conhecimento por parte da população e um maior envolvimento das famílias nos assuntos educacionais de seus filhos. Quanto aos docentes, faz-se necessário a quebra de antigos paradigmas educacionais e a ousadia para se lançar ao novo sem medo de errar afinal, nós mesmos ensinamos nossos queridos alunos que devemos aprender com nossos erros e que só erra quem tenta então, fica aqui meu convite: Vamos arriscar um pouco mais em águas pedagógicas mais profundas?

REFERÊNCIAS

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/

https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2021/01/educacao-basica-teve-47-3-milhoes-de-matriculas-em-2020#:~:text=No%20ano%20passado%2C%20existiam%20no,579%20mil%20matr%C3%ADculas%20a%20menos

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/28668-ibge-divulga-estimativa-da-populacao-dos-municipios-para-2020

Categorias:

Sem comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *